sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Torrentes no Neguebe

"Restaura Senhor a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe." Salmo 126:4

Sempre li esse texto na bíblia, mas nunca me interessei em saber o significado dele. Decidi pesquisar e entender o que o salmista quis dizer usando o deserto do Neguebe como exemplo. O deserto do Neguebe foi o lugar para onde Davi fugiu ao se escoder do rei Saul, então, conhecia o lugar muito bem.

O Neguebe é uma região muito árida, localizada hoje no extremo sul da Palestina. É o lugar mais baixo da região, cercado por cordilheiras. Um lugar completamente seco, até ser inundado por chuvas serôdias que regam toda a região desértica. Devido as águas que escorrem pelas encostas dos montes, são formados vários riachos pela região. Quando a chuva pára a água começa a ser evaporada, os riachos formam um córrego e vai secando naturalmente. O  Neguebe, transforma-se então, em um lindo jardim com um verde visto somente naquela região.

Voltando ao salmo 126, no verso 1...
"Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha."

É necessário buscar a restauração diária do Senhor, para que as coisas terrenas não tomem nosso coração e nos impeçam de sonhar aquilo que Deus idealizou para nós. Para isso é preciso clamar pela abundante chuva dos céus.

Só Deus pode inundar nossos desertos.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Muito prazer, somos a Maranata.


Essa semana escolhemos o nome da nossa supervisão e gostaria de explicar a todos o porquê.



O nome escolhido foi "Maranata". Esse nome queima em meu coração há uns 4 anos e sempre sonhei em ter uma supervisão com esse nome, e quando conversei com as meninas que andam comigo percebi que elas se apaixonaram pelo nome da mesma forma que eu.

Mas o que é Maranata?
É uma expressão escrita em aramaico, e é a junção de duas palavras que pode significar: "O Senhor vem!" ou ainda "Nosso Senhor vem!" Esse nome é citado apenas uma vez em toda a bíblia, em 1 Corítntios 16:22. E nesse contexto ele foi usado como uma senha que era usada entre os primeiros cristãos.

Mas ela tem um significado histórico muito mais profundo...
Na época do Velho Testamento, o Rei viajava para fazer justiça. Um arauto (Mensageiro do Rei) ia adiante dele tocando a trombeta e advertindo o povo: O Rei está vindo, Maranata !. Aqueles que esperavam por justiça desejavam a vinda do Rei. O povo da terra a ser visitada preparava-se para sua chegada limpava e reparava os caminhos, demonstrando assim obediência e desejo de agradar ao Rei.

Quando dizemos maranata, estamos declarando: "Senhor, desejamos tanto a sua volta que estamos anunciando que seu reino chegará e estamos preparando o caminho para sua vinda".
Maranata significa que não apenas queremos o reino de Deus, mas que estamos dando nossas vidas para a vinda desse reino.

Muito prazer, somos a Maranata, jovens que preparam a vinda do Rei!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A vida está na semente


"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus." Mateus 7:21

Estava ouvindo uma pregação da Apa. Valnice Milhomens, na verdade não ouvi nem dez minutos, mas ela disse uma frase que me chamou a atenção: "A vida está na semente e não no semeador".

Muitas vezes conclui-se que porque a vida das pessoas que andam conosco está sendo transformada, somos excelentes líderes ou discipuladores, e que estamos fazendo o nosso melhor. Mas na verdade, a vida de alguém é transformada pelo poder de Deus, e não pelo excelente ou péssimo trabalho que faço. A vida está na Palavra de Deus que é ministrada.

Deus escolheu usar pessoas para abençoar e edificar uns aos outros. Cabe a cada um de nós avaliar como estamos fazendo isso e com qual motivação; se a obra que estou fazendo é da vontade de Deus ou se da minha vontade para satisfazer e massagear meu ego.

"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente." Efésios 4:11, 17

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Estragados

Depois de MUITO tempo sem escrever estou de volta!

Como já havia comentado vou escrever novamente sobre algo que aprendi no seminário nas Aulas de História da Igreja.

Ao estudar a Igreja do primeiro século li algo que achei fantástico...

" Todo membro do corpo de Cristo estava ali por causa de uma experiência viva com o Cristo ressurreto. Para eles, que viviam no Espírito, Cristo estava verdadeiramente vindo rapidamente, e esta esperança os estragou para qualquer outra coisa que não fosse o Reino Celestial. ”

Eles viviam realmente consagrados à obra de Deus porque andaram com Jesus, viram a sua morte e sua ressurreição. Não estavam ali porque alguém havia lhe contado. Eles viram com seus próprios olhos o Cristo ressurreto. O que mais chamou a minha atenção foi a frase que diz que a esperança que eles tinham na volta de Jesus os estragou para qualquer coisa que não fosse o Reino Celestial.

Por causa desse "estrago" eles suportaram perseguições, eles pregavam o evangelho com intensidade e viviam uma vida de real comunhão e chegavam a vender seus próprios bens para compartilhar com seus irmãos.

Somente seremos verdadeiros cristãos (mini-cristos) quando deixarmos Deus nos estragar para tudo que é deste mundo.

"Senhor aumenta no meu coração a expectativa para sua volta; traga a minha memória tudo o que já vivi contigo e estraga-me para este mundo "

terça-feira, 30 de março de 2010

Policarpo de Esmirna

Há duas ou três semanas comecei a assistir as aulas de História da Igreja no seminário. Tenho sido muito edificada com essa matéria e ela desperta grande curiosidade no meu coração. No sábado retrasado o Pr. Marcelo comentou sobre o martírio de Policarpo, discípulo do apóstolo João e fui muito confrontada com o que ouvi.

Policarpo era Bispo em Esmirna e durante a perseguição da Igreja, aos 86 anos, foi preso e levado ao Governador que tinha a intenção de convencê-lo a negar a Cristo. Porém, Policarpo o surpreendeu com as seguintes palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido Dele. Como poderei negar Aquele a quem prestei culto e rejeitar o meu Salvador?".

Essas palavras nos servem de exemplo depois de tantos séculos (aproximadamente 1900 anos). Muitas vezes servimos a Cristo esperando receber bênçãos, ou queremos servi-lo da nossa maneira e na primeira “tribulação” (que às vezes é apenas algo que não aconteceu do jeito que esperávamos) murmuramos e duvidamos da veracidade do chamado de Deus para nossas vidas e questionamos seus propósitos.

Policarpo foi condenado e ele mesmo subiu à fogueira testemunhando para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".

Ele entendeu que morrer pelo Senhor era um privilégio. Hoje não sofremos mais perseguições desse tipo e não precisamos mais morrer fisicamente por causa de Deus, não aqui no Brasil. Mas quantas vezes durante o dia temos a oportunidade de escolher se vamos negar nosso Salvador ou não!?

Nossa vida é feita de escolhas e cada escolha nos leva a negar Jesus ou não. E assim como na vida de Policarpo, nem sempre escolher Jesus vai nos trazer a satisfação instantânea, mas com certeza é a escolha certa.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Para Que Eu Não me Ofenda

Durante o tempo em que estive na Escola do Clamor, frequentemente tocava uma música cuja letra era "Batiza-me com o desejo por teu fogo para que eu não me ofenda quando tudo se perder" .

Ao refletir sobre esta letra questionei como alguém poderia se ofender com Deus e todas as vezes que ministravam essa música a mesma dúvida vinha em minha mente.

Algum tempo depois comecei a ler Gênesis e o capítulo 11 versículos 27 a 32 me chamou a atenção. Com base neste trecho acredito que o chamado de "Pai de Multidões" era para Terá,pois o Senhor o havia chamado para sair da sua terra e seguir para Canaã. Mas, algo inesperado aconteceu e Harã (irmão de Abrão) faleceu e Terá não prosseguiu com sua viagem.

Terá se ofendeu com Deus a ponto de perder o seu chamado e ficou estagnado na terra de Harã.

Isso só nos mostra que Deus sempre vai nos pedir algo legítimo e cabe a nós decidir entre depender e confiar no Senhor independente das circuntâncias ou então se ofender, abrir mão do próprio chamado e ver outra pessoa conquistando o lugar que era para ser seu.

Uma coisa é certa: A obra de Deus nunca vai parar; seja comigo ou sem mim.