terça-feira, 30 de março de 2010

Policarpo de Esmirna

Há duas ou três semanas comecei a assistir as aulas de História da Igreja no seminário. Tenho sido muito edificada com essa matéria e ela desperta grande curiosidade no meu coração. No sábado retrasado o Pr. Marcelo comentou sobre o martírio de Policarpo, discípulo do apóstolo João e fui muito confrontada com o que ouvi.

Policarpo era Bispo em Esmirna e durante a perseguição da Igreja, aos 86 anos, foi preso e levado ao Governador que tinha a intenção de convencê-lo a negar a Cristo. Porém, Policarpo o surpreendeu com as seguintes palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido Dele. Como poderei negar Aquele a quem prestei culto e rejeitar o meu Salvador?".

Essas palavras nos servem de exemplo depois de tantos séculos (aproximadamente 1900 anos). Muitas vezes servimos a Cristo esperando receber bênçãos, ou queremos servi-lo da nossa maneira e na primeira “tribulação” (que às vezes é apenas algo que não aconteceu do jeito que esperávamos) murmuramos e duvidamos da veracidade do chamado de Deus para nossas vidas e questionamos seus propósitos.

Policarpo foi condenado e ele mesmo subiu à fogueira testemunhando para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos".

Ele entendeu que morrer pelo Senhor era um privilégio. Hoje não sofremos mais perseguições desse tipo e não precisamos mais morrer fisicamente por causa de Deus, não aqui no Brasil. Mas quantas vezes durante o dia temos a oportunidade de escolher se vamos negar nosso Salvador ou não!?

Nossa vida é feita de escolhas e cada escolha nos leva a negar Jesus ou não. E assim como na vida de Policarpo, nem sempre escolher Jesus vai nos trazer a satisfação instantânea, mas com certeza é a escolha certa.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Para Que Eu Não me Ofenda

Durante o tempo em que estive na Escola do Clamor, frequentemente tocava uma música cuja letra era "Batiza-me com o desejo por teu fogo para que eu não me ofenda quando tudo se perder" .

Ao refletir sobre esta letra questionei como alguém poderia se ofender com Deus e todas as vezes que ministravam essa música a mesma dúvida vinha em minha mente.

Algum tempo depois comecei a ler Gênesis e o capítulo 11 versículos 27 a 32 me chamou a atenção. Com base neste trecho acredito que o chamado de "Pai de Multidões" era para Terá,pois o Senhor o havia chamado para sair da sua terra e seguir para Canaã. Mas, algo inesperado aconteceu e Harã (irmão de Abrão) faleceu e Terá não prosseguiu com sua viagem.

Terá se ofendeu com Deus a ponto de perder o seu chamado e ficou estagnado na terra de Harã.

Isso só nos mostra que Deus sempre vai nos pedir algo legítimo e cabe a nós decidir entre depender e confiar no Senhor independente das circuntâncias ou então se ofender, abrir mão do próprio chamado e ver outra pessoa conquistando o lugar que era para ser seu.

Uma coisa é certa: A obra de Deus nunca vai parar; seja comigo ou sem mim.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Não Darei ao Senhor Algo que não me Custe Nada

Essa semana meditei no capítulo 24 do livro de 2 Samuel, especificamente nos versos 18 a 25. Sempre aplicava esta passagem ao falar de ofertas financeiras, mas Deus me levou a outra interpretação.

Davi ia edificar um altar na eira de Araúna, que lhe ofertou tudo o que ele precisasse para oferecer um sacrifício ao Senhor. Mas Davi imediatamente quis comprar as terras dizendo: “Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao SENHOR meu Deus holocaustos que não me custem nada.”

Comecei a aplicar esse versículo na obra que tenho edificado. Tudo o que tenho feito ao Senhor tem me custado algo ou simplesmente uso o meu tempo livre? Minha obra tem sido sacrificial?

Quando falo em sacrifício, não me refiro a fazer algo doloroso ou pesado. O fardo do Senhor é leve e sua obra também. Estou falando de excelência e intensidade. Meu nível de intensidade e minha busca por excelência que determinam se o que faço tem me custado algo ou não.

É comum vermos pessoas cansadas porque tem “trabalhado” muito na obra de Deus, mas pergunto só por que alguém está cansado isso significa que tem dado o seu melhor?

A única maneira de oferecermos holocaustos verdadeiros ao Senhor é aplicando intensidade. Ao fazer algo para Deus isso tem que custar toda minha alma. Devo aplicar toda minha força e entendimento naquilo que faço, oferecendo ao meu Deus meu culto racional.

Um holocausto deve ser racional não faço quando 'sinto' vontade. Faço quando mato a minha carne e dou meu melhor para fazer aquilo que eu mesmo não gostaria de fazer. É passar por cima da minha vntade, do meu conforto, sacrificar meu tempo e descanso. É superar meus limites e fazer tudo com excelência.

“Senhor ensina-me a oferecer holocaustos que me custem algo!”